O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o Congresso Nacional de analisar o veto presidencial na lei dos royalties
enquanto todos os outros vetos não forem deliberados. A decisão, tomada
hoje (17), é relativa a mandado de segurança ajuizado nesta semana pelo
deputado Alessandro Molon (PT-RJ). Foi marcada para as 19h de amanhã
(18) a sessão que vai analisar o veto presidencial ao projeto de lei com
nova redistribuição dos recursos dos royalties do petróleo. Com a decisão de Fux, a sessão não poderá ocorrer.
Fux determinou que a Mesa Diretora do Congresso Nacional “se
abstenha de deliberar acerca do veto parcial nº 38/2012 antes que se
proceda à análise de todos os vetos pendentes com prazo de análise
expirado até a presente data, em ordem cronológica de recebimento da
respectiva comunicação, observadas as regras regimentais pertinentes”.
Ao decidir a questão, Fux ressaltou que o primeiro veto recebido pelo
Congresso e não apreciado dentro do prazo impede a avaliação de todos os
outros que o sucederam. Ele ainda argumenta que todos os vetos são
urgentes, pois trancam a pauta legislativa. “Daí porque não há, diante
da Lei Maior, vetos mais ou menos urgentes. Todos o são em igual grau”.
Nos argumentos apresentados ao STF, Molon protestou contra o regime diferenciado adotado na questão dos royalties,
lembrando que há mais de 3 mil vetos pendentes de apreciação no
Congresso, vários deles com o prazo expirado. “A necessidade de proteger
as minorias parlamentares de eventuais abusos como esse tem sido
destacada em importantes precedentes dessa egrégia Corte, muitos dos
quais sequer envolviam violações tão graves e manifestas”.
A presidenta Dilma Rousseff vetou artigo do projeto, aprovado pelo Congresso, que previa a nova divisão dos royalties
para os contratos de concessão já licitados. Em mensagem encaminhada ao
Parlamento, a presidenta argumenta que o dispositivo violaria
“frontalmente” a Constituição e, por isso, foi alvo de veto.
Fonte: Agencia Brasil
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