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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

VERGONHA NACIONAL

CASSAÇÃO DE JAQUELINE RORIZ É REJEITADA PELA CÂMARA FEDERAL

Advogado defende tese de que ela deveria ser julgada por atos cometidos durante mandato iniciado este ano

Por 265 votos contra, 166 a favor e 20 abstenções, a Câmara rejeitou o pedido de cassação da deputada Jaqueline Roriz, apesar das imagens de 2006 que mostram ela recebendo dinheiro no escândalo do mensalão do DEM no Distrito Federal. Eram necessários 257 votos a favor numa votação secreta. A maioria defendeu a tese de que ela deveria ser julgada por atos cometidos durante seu mandato na Casa, iniciado em fevereiro deste ano. O Conselho de Ética produziu um relatório que pedia a cassação, mas houve muito empenho dela e do pai, o ex-governador Joaquim Roriz, visando evitá-la.


Dep. Jaqueline Roriz discursa na tribuna em sua defesa/Foto: Diógenis Santos

Citada no caso do mensalão do DEM, Jaqueline foi flagrada em um vídeo em 2006 recebendo dinheiro do pivô do escândalo, o ex-secretário Durval Barbosa. Ela sempre rejeitou as acusações de que recebeu dinheiro de propina. E falando antes da votação, reiterou que já tinha sido absolvida por seus eleitores. A sua defesa insistiu no argumento de que ela ainda não tinha mandato em 2006 e, por isso, não poderia ser cassada agora. Mas o relator, Carlos Sampaio pediu a cassação, argumentando que o fato se tornou de conhecimento público apenas este ano, quando Jaqueline já havia tomado posse na Câmara. Para ele, não importava que o vídeo mostrando ela recebendo dinheiro do operador e delator do mensalão do DEM em Brasília, Durval Barbosa, tivesse sido feito em 2006, quando ela ainda não era deputada federal.

O advogado José Eduardo Alckmin, porém, defendeu no plenário da Câmara a absolvição. E usou um precedente na própria Câmara, relatado em 2007 pelo então deputado federal e atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Alckmin diz que fato ocorrido antes do início do mandato parlamentar não pode resultar em cassação por quebra de decoro. O advogado da deputada Jaqueline Roriz, admitiu mais tarde que o resultado da votação que rejeitou o pedido de cassação da parlamentar era esperado. “A tradição da jurisprudência da Casa é não permitir que fato anterior ao mandato seja julgado sob a ótica da quebra de decoro parlamentar”, observou.

Isto é uma vergonha, a própria deputada rasgava o verbo contra uma adversária no distrito federal por corrupção “ela é uma cara de pau”, mas quando chegou sua vez de enfrentar a justiça foi chora na câmara, pousando de coitadinha, aonde vamos para com este bando de caras de pau? O pior foi o advogado pondo medo nos outros deputados, pois estes teriam de absolver a sua cliente, caso contrario abriria precedente para outras cassações, pode?