UM ESPAÇO PARA OPINIÕES, DEBATES, DENÚNCIAS, CURIOSIDADES, TUDO ISTO DENTRO DA CULTURA, DO MEIO AMBIENTE, DA DEMOCRACIA, DE COXIXOLA "A CIDADE DA CULTURA E DO LEITE DE CABRA" E DO CARIRI PARAIBANO.
Que nestas festas de ano novo, lembramos-vos dos nossos irmãos e
irmãs que não tem o que comer ou comemorar, para estes últimos, por inúmeros
motivos, necessitam apenas de uma palavra, de um "bom dia! Como vai
você?".
Lembrarmos-vos das crianças que ainda esperam um Papai Noel
mercantil, que estão em orfanatos sem pai e sem mãe, das que estão nas ruas a
procura de drogas, pois é a única coisa que têm acesso, das outra que não vão à
escola por falta de oportunidade e incentivo dos familiares, que acham que isto
não é tão essencial assim, pelas que sofrem todos os tipos de violências, sejam
elas físicas e/ou psicológicas, em casa ou nas ruas.
Por todo jovem que com tempo sobrando acham necessário juntar em uma
turma e beber a até não ver mais o resto da “festa”, por jovens promissoras que
estão com filhos no colo e não sabem o que será do futuro de ambos. Lutemos por
uma sociedade mais junta e harmoniosa e teremos verdadeiras comemorações.
Aproveitem os presentes
que a vida nos deu, pare de correr contra o tempo para ter mais e mais, a vida
é finita e pequena demais para ser vivida.
O 10º BOLÃO LEITE DE CABRA, "TROFÉU PEDRO MARTINS" 2016, comemorou os 10 anos de confraternização dos Produtores e Produtoras de Leite de Cabra da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Coxixola-PB. Tudo começou na Sexta-feira (16/12) com um jantar patrocinado pelas mulheres dos associados. Este ano foi uma verdadeira confraternização, pois foi o primeiro ano que não tivemos premiação em dinheiro, apenas muitos presentes e sextas natalinas, todos os participantes foram premiados, e ainda concorrera ao troféu mais de 30 animais.
Parabéns a todos e todas da ACCOCOX em especial a Wilson Martins e Bebina pela organização e o apoio de Jailson e Roselândia.
O ULTIMO DIA DO IV FESTIVAL CULTURA DE COXIXOLA - 2016, TEVE CAMINHA E VISITA A INÁCIO DE COXIXOLA (Nosso querido Inácio de Alcino), AULA DE DANÇA, FILME E TEATRO.
Como prometido pela Prefeitura Municipal e através da Secretaria da Agropecuária, Pesca e Meio Ambiente, realizou-se a 9ª Festa da Cabra de Coxixola e a 4ª Mostra da Agricultura Familiar, apesar da adversidade climática pela qual nós passamos nos últimos cinco anos, os produtores de Coxixola, juntamente com outros municípios da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, mostram ser esta uma das atividades econômicas mais adaptadas a região e que gera renda e empregos, promovendo a fixação dos produtores e produtoras no meio rural, incentivando a valoração das questões de gênero e a sucessão rural, principalmente nas unidades de produção familiares.
Estiveram presentes 58 criadores, e 452 animais expostos, mais uma vez ultrapassamos o volume de negócios dentro do Parque Genésio Franco, o valor de R$ 100.000,00. Já o Agroamigo recebeu 38 propostas de financiamento no valor R$ 180.000,00, ultrapassando no ano de 2016 no município os R$ 450.000,00.
Através torneios leiteiros, sendo um Municipal e outro Interestadual, foram apresentadas ao público animais de elevado valor genético, com produções de 10 kg de leite por dia e Pista de Julgamentos de Animais, sendo uma com animais mestiços, só para os produtores do município e outra envolvendo mais uma vez os três estados presentes a Exposição.
Este evento que foi promovido pela Prefeitura Municipal de Coxixola, em Parceria com a Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Coxixola (ACCOCOX), a Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Estado da Paraíba (APACCO), EMATER-PB, EMEPA, ULSAV-Sumé, SENAR-PB, FAEPA e AgroAmigo, com o Apoio da AGUBEL-Sumé, entre outros apoiadores, movimentaram nossa “Pequena Notável” lotando a Pousada, Bares, movimentando toda a economia da cidade, onde até as padarias esgotaram sua produção. Sendo que a Prefeitura Municipal direta e indiretamente gastou pouco mais de R$ 70.000,00.
Ponto importante da Festa foi o Curso de Queijos Finos Artesanais com Leite de Cabra (entre os dias 25 e 27), pois formou-se um grupo dentro da ACCOCOX que vai produzir e vender os queijos artesanais, além de uma importante reunião entre as Associações dos Criadores de vários municípios da nossa região, como as associações de Santo André, Parari, Gurjão, São José dos Cordeiros, Coxixola, Prata e Zabelê com o Laticínio ISIS, APACO, SENAR e EMATER-PB, para o fornecimento ao laticínio do nosso leite de cabra, onde este estará produzindo queijos.
INICIAMOS AS ATIVIDADES COM O CURSO DE QUEIJOS FINOS, PRODUZIDOS DE
FORMA ARTESANAL, COM O LEITE DE CABRA, PASTEURIZADO. AGORA OS PRODUTORES E
PRODUTORAS DE COXIXOLA PODEM TEM MAIS UMA FORMA DE RENDA EM SUAS PROPRIEDADES E
CONTINUAREM A LUTA POR MELHORIA DE VIDA DE TODOS OS MEMBROS DA FAMÍLIA NAS
UNIDADES DE PRODUÇÃO FAMILIARES DE COXIXOLA.
ESTE CURSO, O PRIMEIRO
EM COXIXOLA, DESPERTOU PARA UM NOVO RAMO ECONÔMICO, E PARA A 10ª FESTA DA CABRA
LEITEIRA (SE DEUS NOS PERMITIR EM 2017) JÁ SE PENSA EM FAZER O PRIMEIRO
CONCURSO DE QUEIJOS COM LEITE DE CABRA DE COXIXOLA.
O CURSO COM O INSTRUTOR
EZEQUIEL DO SENAR DE SERGIPE, TEM A PARCEIRA COM O SENAR DA PARAÍBA, A
PREFEITURA MUNICIPAL DE COXIXOLA (PELA SEC. DE AGRICULTURA), EMATER-PB, APACCO E A
ACCOCOX. --->>> MAIS FOTOS DO CURSO, SÓ CLICAR AQUI! <<<---
A cidade tem pouco mais de 30 mil habitantes, que carregam a poesia no sobrenome.
O conhecido Louro do Pajeú com sua viola / Paulo Carvalho
"Ser poeta é saber não ser escravo
Da mesmice e do conservadorismo
Impedir de morrer na guilhotina
O boêmio cantor do iluminismo
E lutar até ver cair vencida
A esquadra do vil capitalismo"
Em Canto e Poesia
Capital nordestina da poesia popular. Não demora para logo pensarmos em São José do Egito, no Sertão do Pajeú. É assim que a cidade é conhecida desde muito tempo. Localizada a 402 km do Recife e com pouco mais de 30 mil habitantes, São José do Egito respira e exala os versos populares. Seus habitantes carregam a poesia como sobrenome e alguns dos seus expoentes são reconhecidos no Brasil todo. Antônio Marinho, Dimas, Otacílio, Lourival Batista, Mário Gomes, Cancão e tantos outros.
A lenda é que há muito tempo uma viola foi enterrada no leito do Rio Pajeú e quem bebe dessa água vira poeta. A história diz que a sonoridade do baião de viola chegou no período da colonização portuguesa e tem influência dos mouros e muçulmanos. A tradição é passada de geração para geração por dentro das famílias, no cotidiano da cidade. Bia Marinho, poetisa e cantadora, neta de Antônio Marinho e filha de Lourival Batista, segue fazendo as rimas. Hoje morando no Recife, faz da sua arte o seu ofício e diz que não tinha como não ser assim. “Nasci na poesia. Para mim, ela existiu sempre. Minha família toda é de poeta. Então a poesia sempre esteve presente. Desde as cantigas de ninar que eu ouvia eram particulares”, conta.
Com os três filhos de Bia Marinho não foi diferente. Greg, Antônio e Miguel Marinho formam o grupo Em Canto e Poesia e mantêm pulsante a poesia popular. Antônio Marinho, assim como a mãe, lembra do seu começo nesse caminho. “Isso é minha vida. Eu já nasci inserido num meio da poesia tanto pela cidade quanto pela minha família. A poesia é meu meio de vida. Tudo que andei foi a poesia me levando, no lastro de resistência construído pelos que me antecederam. Nessa perseguição do belo. O sotaque, o cheiro, a cor do Sertão do Pajeú é que faz dessa poesia particular”, explica Antônio.
Bia explica que a cidade toda cultiva essa tradição. “Todas as famílias têm um poeta. E mesmo que não tenha alguém que escreva, tem alguém que declama ou está envolvido de alguma forma. Em algumas escolas particulares e da rede municipal, a poesia está inserida no contexto escolar. As crianças aprendem o que é a sextilha e a quadra. É um linguajar fácil e atrativo para elas. E essa tradição não vai morrer. A gente cuida de preservar”, explica a cantadora.
O poder público municipal, no entanto, não tem projetos estruturados de fomento e manutenção dessa arte, como explica Antônio: “Nunca tivemos uma política pública voltada para criar uma cadeia e fomentar a tradição. E, mesmo assim, a tradição continua forte. Toda força disso é mérito do povo. Não houve nenhuma gestão municipal que fomentasse uma cadeia produtora e criativa, na qual os protagonistas fossem os artistas. O poder público municipal sempre negligenciou a poesia”.
Apesar desse contexto, festas populares são realizadas para reverenciar a poesia nordestina. A festa mais tradicional é que acontece nos dias 4, 5 e 6 de janeiro. “A Festa de Louro, como é conhecida, é para comemorar o aniversário de Lourival Batista. Sempre comemorávamos na frente de casa e a festa foi crescendo. Como cai em outra data importante, o Dia de Reis, aproveitamos e fazemos uma grande festa com cantoria e muita história. Vem poeta e cantador do Brasil inteiro para recitar e comer o Baião de Dois, que é o prato servido na festa”, afirma Bia.
POR: BRASIL DE FATO - Elen Carvalho - Recife/PE, https://www.brasildefato.com.br/2016/09/24/o-povo-forjado-nos-versos-poesia-e-tradicao-em-sao-jose-do-egito/
