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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Transgênico não pode ser considerado seguro, reafirmam pesquisadores


A equipe de pesquisadores que motivou uma grande polêmica mundial ao defender que uma variedade de milho transgênico causa tumores publicou novo comunicado reafirmando que o produto não pode ser considerado seguro.

Eles questionam a credibilidade de muitos dos que os atacaram em função de suas ligações com a indústria e pelo fato de alguns trabalharem com o desenvolvimento e patenteamento de plantas transgênicas.

Ao tempo em que recusa as pressões pela retirada do estudo, a equipe afirma que seu estudo é o mais detalhado já feito sem qualquer vinculação com as empresas de transgênicos e agrotóxicos.

Na tréplica publicada na Food and Chemical Toxicology, mesmo periódico onde saiu a pesquisa original, a equipe destaca que, ao contrátrio de muitos outros cientistas envolvidos em pesquisas com produtos transgênicos, eles estão livres de influências da indústria porque não têm intenção de comercializar um novo produto.

Também foi destacado na carta que a pesquisa representa um passo inicial ao invés de uma conclusão final sobre os potenciais impactos do milho NK603 e que novos estudos poderão concluir sobre sua segurança.

Na pesquisa original, os pesquisadores franceses mostraram que ratos alimentados com o milho da Monsanto apresentaram mortalidade mais alta e frequente, sendo que as fêmeas desenvolveram numerosos e significantes tumores mamários, além de problemas hipofisários e renais. Os machos morreram, em sua maioria, de graves deficiências crônicas hepato-renais.

O experimento foi conduzido ao longo de dois anos, enquanto as empresas apresentam aos órgãos reguladores testes de no máximo 90 dias. Séralini e equipe mostraram também que os efeitos tóxicos só começam a se manifestar justamente após 90 dias.

Uma carta com críticas ao estudo publicada também na Food and Chemical Toxicology é assinada por duas brasileiras integrantes da Anbio - Associação Nacional de Biossegurança, entidade financiada por empresas de biotecnologia como Monsanto, Du Pont e Bayer, entre outras.

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