O projeto “Adensamento do Umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda Cam.)
em Áreas de Caatinga: Subsídios para a Conservação e a Sustentabilidade
dos Recursos Naturais no Semiárido Brasileiro” está sendo aplicado em
uma área modelo de 1 hectare no Campus de Sumé, onde foram plantadas
mudas de Umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.).
De acordo com a professora Alecksandra Vieira de Lacerda,
coordenadora do projeto, os dados gerados nesta pesquisa resultarão numa
nova conscientização do agricultor em relação às potencialidades do seu
meio, onde áreas antes devastadas serão recompostas, possibilitando a
produção em larga escala através do cultivo orientado, e obtendo
produtos de melhor qualidade e com maior valorização no mercado.
“Considerando a extensão e a importância econômico-ecológica da
Caatinga para a população do Nordeste, bem como o nível de alteração a
que o bioma já está submetido, torna-se necessária a realização de ações
para a sua conservação e o uso racional dos recursos naturais nela
existente. Nesse contexto, a prática de enriquecimento da Caatinga com
espécies frutíferas de múltiplo uso, como é o caso do Umbuzeiro, pode se
configurar como uma alternativa de renda para a população local, e
ainda possibilitar a elevação tanto da produção, quanto da produtividade
de espécies nativas, sem, contudo, comprometer a estabilidade desse
bioma”, detalha a professora.
O projeto tem a colaboração da pesquisadora Francisca Maria Barbosa e
como bolsista o estudante Tarcízio Jacinto de Oliveira Nunes, do 6º
período do Curso de Agroecologia do Centro, além da participação de
alunos voluntários dos cursos da área de tecnologia do Campus.
Foram implantados na área reservada para Estudos de Ecologia e
Dinâmica da Caatinga, 70 mudas da planta, num espaçamento aproximado de
12×12 metros, dispostas de forma aleatória dentro da caatinga. Todas as
plantas foram devidamente georreferenciadas na área de Caatinga
enriquecida.
“Pretendo com a participação nesse projeto, melhorar minha formação
acadêmica e adquirir um maior conhecimento sobre o umbuzeiro”, disse o
estudante Tarcízio Nunes. Ele lembrou que as informações coletadas irão
subsidiar os agricultores da região para que eles possam recuperar áreas
degradadas e ao mesmo tempo ter retorno econômico com a exploração
sustentável da planta.Atualmente, a equipe do projeto está efetuando o
monitoramento das mudas para o acompanhamento das fenofases (etapas da
vida da planta) e sobrevivência das mesmas. De acordo com a professora
Alecksandra Lacerda, “apesar da importância socioeconômica, as pesquisa
relacionadas ao umbuzeiro são ainda pouco expressivas, sendo necessária a
realização de mais trabalhos referentes à ecologia populacional desta
espécie frutífera nativa”.
“Seguindo a ideologia do projeto, pretendo atuar profissionalmente,
após minha formação, na recuperação de áreas degradadas com espécies que
possam, além de tudo, auxiliar o homem do campo financeiramente e
fazendo com que ele deixe de lado a ideia de desmatamento”, falou o
estudante.
Com Ascom. Rosenato Barreto
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