Museu de Arte Popular da Paraíba funciona em Campina Grande. Obra está localizada às margens do Açude Velho.
Foto: Divulgação/UEPB |
O Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), batizado
de Museu dos Três Pandeiros, será inaugurado nesta quinta-feira (13) em Campina
Grande às 18h. Obra assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer foi construída às
margens do Açude Velho. Ela foi orçada em R$ 10,5 milhões, totalmente com
recursos próprios, o MAPP faz parte da Universidade Estadual da Paraíba.
O arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, morreu no
Rio de janeiro no dia 5 deste mês. Ele é reconhecido internacionalmente por
suas obras.
Segundo o arquiteto Luiz Marçal, da equipe de
Niemeyer, as diversas toneladas de aço que saíram da imaginação e dos desenhos do arquiteto
foram erguidas por profissionais de Campina Grande.
“O que mais ele sempre gostou de ressaltar era que o MAPP foi
construído, totalmente, com mão de obra paraibana, com trabalhadores locais.
Ele amava essa coisa de uma obra maravilhosa como é este museu ser fruto do
trabalho de gente da terra, de gerar emprego e renda para a cidade. Isso o
encantava e o fazia olhar com um carinho especial para esta que é a última obra
concluída que ele deixa para o mundo”, relata Marçal.
No total, mais de 60 operários trabalharam na obra
entre pedreiros, mestre de obras,serventes, pintores, eletricistas, entre outros. A
grandiosidade da obra se traduz nos númeroscontidos na planilha de custo. De acordo com os
dados apresentados por Aderson Rodrigues, foram gastos na construção do Museu dos Três
Pandeiros, 1.500 metros cúbicos de concreto;40 toneladas de estruturas metálicas; 940 metros
quadrado de vidro de fachada; 203 toneladas de ferro e 1.100 metros quadrados de piso
de granito.
A obra ocupa 972 metros quadrados de área
construída e se destaca pelos traços ousados.
De acordo com o engenheiro Aderson Rodrigues, a
parte mais complexa do projeto foi a área construída de 25 metros dentro do espelho
d’água do Açude Velho. Erguer o braço que sustenta uma das bases exigiu esforço que só a
engenharia moderna consegue realizar. Para construir a estrutura de um dos pandeiros, a equipe
teve que se desdobrar e fazer um trabalho de escoramento para proteger os operários. A
solidez da obra foi feita com a instalação de tubos de aço.
Quando estiver em funcionamento, o museu, conforme
explicou o pró-reitor de Cultura da UEPB, professor José Pereira, vai acolher trabalhos
dos mais talentosos artistas genuinamente paraibanos, como Sivuca, Jackson do Pandeiro,
Marinês, Elba Ramalho, entre outros. A ideia é que cada uma das três estruturas circulares remeta
a um determinado gênero de arte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este comentário será analisado e publicado, mas se vier causar dano ou calunia a outro ou não for conveniente com nossa política de comentários ele será esquecido. Pedimos que não falte com respeito as pessoas lembradas nesta matéria, nem com outras que poventura não estejam aqui inclusas, se utiliza da ética, moral e verdade. A responsabilidade deste comentário é totalmente sua.