E o fazemos
por duas razões principais: a primeira, porque Oscar humildemente nunca
considerou a arquitetura a coisa principal da vida; ela pertence ao campo da
fantasia, da invenção e do lúdico. Para ele era um jogo das formas, jogado com
a seriedade com que as crianças jogam.
A segunda,
para Oscar, o principal era a vida. Ela é apenas um sopro, passageira e
contraditória. Feliz para alguns; mas, para as grandes maiorias, cruel e sem
piedade. Por isso, a vida impõe uma tarefa que ele assumiu com coragem e com
sérios riscos pessoais: a da transformação. E para transformar a vida e
torná-la menos perversa, dizia, devemos nos dar as mãos, sermos solidários uns
para com os outros, criarmos laços de afeto e de amorosidade entre todos. Numa
palavra, nós humanos devemos aprender a nos tratar humanamente, sem considerar
as classes, a cor da pele e o nível de sua instrução.
Isso foi que
alimentou de sentido e de esperança a vida desse gênio brasileiro. Por aí se
entende que escolheu o comunismo como a forma e o caminho para dar corpo a este
sonho, pois, o comunismo, em seu ideário generoso, sempre se propôs a
transformação social a partir das vítimas e dos mais invisíveis. Oscar Niemeyer
foi um fiel militante comunista.
Mais um maravilhoso texto de Leonardo Boff (Teólogo, filósofo e escritor), clikc AQUI para continuar lendo...
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