RÁDIO COXIXOLA WEB

quarta-feira, 11 de maio de 2011

EDUCAÇÃO

O JORNAL NACIONAL (DA REDE ESGOTO) APRESENTA ESTA SEMANA UMA SÉRIE ESPECIAL DE REPORTAGENS SOBRE OS MAIORES PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL.

“Sem educação, o horizonte costuma ser mais curto”. A reportagem mostra que estado se encontra a educação de base e media do Brasil, uma reportagem cheia de entrelinhas por parte da Rede Globo, mas que mostra uma triste realidade de nosso país, que se aplica muito bem em cidades como Coxixola e Parari.

O texto a segui são fragmentos de todos os capítulos da reportagem especial desta semana, que merecem uma reflexão sobre o cenário vivido nestas escolas e o que podemos fazer para melhorar a situação.

A educação no Brasil ainda pede socorro. São maioria os estudantes que concluem o ensino fundamental e o ensino médio sem aprender.

Isso significa que 23 anos depois da Constituição que garantiu educação gratuita e de qualidade para todos, continuamos roubando o futuro de milhões de crianças e adolescentes.

O investimento em educação, que durante muito tempo girou na casa de 2,5% do PIB, se aproximou de 5% nos últimos anos e deve chegar a 7% até o fim da década, de acordo com o novo Plano Nacional de Educação.

O aumento é considerado essencial para qualificar diretores e professores, reestruturar a carreira dos docentes para atrair profissionais bem qualificados e garantir uma infraestrutura melhor.

Mas isso não basta. Segundo especialistas, é preciso também combater o desvio de verbas e os problemas de gestão nas escolas, que impedem que o dinheiro investido se traduza de fato em melhoria do aprendizado.

ENTENDA OS DIFERENTES NÍVEIS DE ALFABETIZAÇÃO:

ANALFABETISMO – Corresponde à condição dos que não conseguem realizar tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases – ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares (números de telefone, preços etc.);

ALFABETISMO RUDIMENTAR - Corresponde à capacidade de localizar uma informação explícita em textos curtos e familiares (como um anúncio ou pequena carta), ler e escrever números usuais e realizar operações simples, como manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias ou fazer medidas de comprimento usando a fita métrica;

ALFABETISMO BÁSICO – As pessoas classificadas neste nível podem ser consideradas funcionalmente alfabetizadas, pois já leem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo que seja necessário realizar pequenas inferências, leem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade. Mostram, no entanto, limitações quando as operações requeridas envolvem maior número de elementos, etapas ou relações;

ALFABETISMO PLENO (só 25% dos brasileiros!) - Classificadas neste nível estão as pessoas cujas habilidades não mais impõem restrições para compreender e interpretar textos em situações usuais: leem textos mais longos, analisando e relacionando suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática, resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas de dupla entrada, mapas e gráficos.

Fonte: INAF 2009/Instituto Paulo Montenegro (população de 15 a 64 anos)

O QUE É O IDBE?

Ideb – índice de desenvolvimento da educação básica – foi criado pelo MEC em 2007, com dados retroativos a 2005. Tem escala de zero a dez e sintetiza dois conceitos para medir a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.

A meta do Brasil é atingir a nota 6 (média dos países da OCDE) em 2022, ano do bicentenário da Independência.

Fonte: Inep

Veja porque temos que melhorar nossas escolas. 85% dos estudantes brasileiros frequentam escolas públicas. Na média, elas têm desempenho pior do que as particulares. Mas são as que mais avançam. As escolas particulares praticamente não conseguiram melhorar o Ideb nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

IDEB

PÚBLICAS 2005 2009

1o ao 5o ano 3,6 4,4

6o ao 9o ano 3,2 3,7

Ensino Médio 3,1 3,4
PRIVADAS 2005 2009

1o ao 5o ano 5,9 6,4

6o ao 9o ano 5,8 5,9

Ensino Médio 5,6 5,6

Fonte: Saeb/Censo Escolar

ESCOLA PAGA NÃO É GARANTIA DE ESCOLA BOA

Apesar de mais bem avaliadas, escolas particulares não são sinônimo de qualidade. Veja a história da bancária Adriana Ferreira e do filho dela (ver no site do jornal). Ele estudou cinco anos em um colégio particular, tirava notas boas, mas não aprendia.

VENCER A INÉRCIA

Não é fácil mudar a realidade. A equipe de gestores da centenária escola Firmina Sobreira, em Teresina, sabe disso. A diretora Vilma Pimentel, a diretora-adjunta Alaine Pinheiro e a coordenadora pedagógica Alice Brandão contam que assumiram a administração de uma escola em frangalhos. “faltam carteiras que os próprios alunos quebram, mas por quê? Estas nos corredores sem aluas, não tem professoras nas salas, nãos tem pessoal para circular no apoio, e as aulas perdidas não tem como recuperar, pois as aulas repostas nunca são como deveriam ser” a firma a diretora.

Apesar dos esforços para melhorar o aprendizado, esbarram na falta de estrutura e nas dificuldades enfrentadas pelos alunos para avançar.


APENAS 25% DOS ALUNOS QUE TERMINAM O FUNDAMENTAL APRENDEM O QUE DEVIAM DA LÍNGUA PORTUGUESA

No Brasil, mais de 700 mil crianças de 6 a 14 anos ainda estão fora da escola. Na escala de 0 a 10 do Ideb, o indicador de qualidade do MEC, a média dos estudantes do 5° ano foi 4,6, em 2009.

O Brasil do presente e o futuro do país passam pelo quarteirão do mercado financeiro de São Paulo, que movimenta bilhões de reais por dia.

Mas o que crianças da região vão ser quando crescerem? “Vai ficar que nem o pai, puxador de carroça, catador de papelão”, disse um catador. Sem endereço fixo, o pai diz que não consegue matricular os filhos.

No Brasil, mais de 700 mil crianças de 6 a 14 anos ainda estão fora da escola. Apesar da ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos, nem todos os que frequentam a sala de aula aprendem.

No 5° ano, muitos ainda não conseguem ler. O Pará é o estado em que alunos do 5° ano tiveram pior desempenho no Ideb. O número combina o resultado das provas oficiais com o índice de aprovação. Na escala de 0 a 10, a média dos estudantes brasileiros do 5° ano foi 4,6 em 2009. O Pará ficou com 3,6. “A maioria dos alunos está saindo do 5° anos sem saber ler. Descobrir palavras conseguem, interpretar o que lê é que está o grande problema”, destacou o professor Haroldo Gonçalves.

Os alunos percorrem grandes distâncias para chegar à escola, onde 30% dos professores não têm nível superior.

Os primeiros anos do ensino fundamental são a base para toda a vida escolar. Foi nessa etapa que a educação brasileira mais avançou recentemente. Mas ainda estamos longe de atingir uma meta importante: alfabetizar todas as crianças até 8 anos.

Dos 4 aos 8 anos, a área do cérebro responsável pela linguagem está em plena atividade. Se compararmos com a rede elétrica de uma casa em construção, é a hora de fazer o máximo de conexões. Quanto mais tomadas instaladas, maior a capacidade de fazer ligações no futuro.

E a criança que não se alfabetiza no tempo certo? “Tarefas de leitura e escrita serão tarefas que exigirão sempre muito esforço dela. E possivelmente ela não venha a ter a mesma habilidade que aquela que iniciou na idade mais apropriada”, explicou a psicóloga Nadia Aparecida Bossa.

O resultado é que no Brasil só 34% dos alunos que terminam o 5º ano sabem português como deveriam. No fim do ensino fundamental, o aproveitamento é ainda pior: 26%.

A possível explicação para o problema está na porta de uma escola em São Paulo. “A gente está saindo mais cedo, todo dia. Falta de professor. Venho na escola para aprender e não para sair mais cedo”, contou um aluno de 11 anos.

Em Maceió, o retrato do desinteresse: centenas de carteiras quebradas com menos de dois anos de uso. Do pátio à secretaria, faltam funcionários. “Eu fico no portão, eu ajudo na merenda. A gente funciona porque a escola precisa funcionar, mas é difícil”, relatou a diretora de escola.

Em outra escola, ameaçado por bandidos, o porteiro foi embora. No lugar dele, estava um aluno. “O diretor mandou eu ficar aqui fechando o portão. Quando chegar algum aluno, abrir o portão para eles entrarem. A minha aula pelo momento não estou assistindo”, disse LFM, de 17 anos.

“A gente está levando o problema para a secretaria e espero que ela resolva o mais rápido possível”, declarou o diretor.

Com nota 2,9, Alagoas ocupa o último lugar no ranking do Ideb no fim do ensino fundamental, bem abaixo da média brasileira: 4,0.

A falta de estrutura nem é o maior problema. Estamos em 2011, mas alguns alunos ainda não saíram de 2010. As aulas que começaram no ano passado só vão terminar em julho, com sete meses de atraso. Em Alagoas, o calendário também virou inimigo do ensino. Foram seis greves nos últimos quatro anos.

“O pessoal das outras escolas passando e a gente aqui ficando. É ruim”, disse JT, de 15 anos.

“Fico sem vontade até de estudar, já pensei até em desistir”, desabafou outro aluno.

O exemplo não vem de cima. No mural, um erro de português é o sinal da falta de cuidado com a educação.

“Em um futuro bem próximo que alunos estamos formando? Sem vontade pela leitura, sem gosto pela leitura. A culpa talvez seja nossa, a culpa é da escola, a culpa é da sociedade, quem culpar?”, questionou um professor.

2 comentários:

  1. Imagino como deve estar à educação em Coxixola, sei que tem novos diretores na escola estadual, a qual estudei e tenho saudosa lembrança, mas que a nova direção também não está fazendo nada. Ouvir e vir também que o programa da Prefeitura Municipal Brincando com Educação, é na verdade um brincadeira, é mais um jogo político que se faz para agrada uns eleitores.
    Qual a classificação das escolas municipais de Coxixola? O gerenciador do blog deveria pesquisa e publica isto.

    ResponderExcluir
  2. Muito Feliz o comentário do colega!
    A Educação é a única alternativa de libertar o home de qualquer opressão por meio do conhecimento. É preciso fazer algo pela educação naquele lugar, prefeito colocar cerâmica nas paredes da escola não que dizer que a educação esteja boa, o projeto brincando com educação e uma lavagem de dinheiro pra sustentar o babaão do adriano, dir de ginalva e triete, como e conhecido das antigas, que não faz nada nem lá pisa mais na prefeitura e ganha um absurdo de dinheiro, pense numa safadeza naquela prefeitura, so quem trabalha ali são um tres e por sinal pessoas a politicas e distintas de bem o resto é babão safado e vagabundo!

    ResponderExcluir

Este comentário será analisado e publicado, mas se vier causar dano ou calunia a outro ou não for conveniente com nossa política de comentários ele será esquecido. Pedimos que não falte com respeito as pessoas lembradas nesta matéria, nem com outras que poventura não estejam aqui inclusas, se utiliza da ética, moral e verdade. A responsabilidade deste comentário é totalmente sua.