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terça-feira, 28 de junho de 2016

Milho: Safrinha “freia”os preços. Aproveitem para fazer estoques porque os preços voltarão a subir

         Depois da quebra da safra de verão e uma safrinha marcada por severas secas, a colheita também está sendo realizada com dificuldades. Entretanto uma coisa é válida, acabaram-se as especulações, agora é fato que a oferta total de milho deste ano será de 76,22 milhões de toneladas.
          Frente a esta certeza, estamos analisando as perspectivas de preços para o segundo semestre e estamos alertando, mercado deverá ficar mais firme do que esteve neste primeiro semestre.
PREÇOS DO MILHO
         O quadro de oferta e demanda de milho 2015/2016 e demanda não dá espaço para os preços cederem como muitos elos da cadeia desejam. Abaixo fizemos cotações junto a operadores de mercado e apresentamos as variações:
          Na verdade, os preços do primeiro semestre registraram altas de até 58% entre janeiro e junho. Mas analisando apenas o comportamento dos preços entre maio e junho, podemos ver que perdeu-se muita força nos preços e até mesmo, registramos quedas de cotações em importantes praças de formação de preço.

OFERTA E DEMANDA
        Segundo o último relatório de safra da CONAB, publicado neste mês de junho, a safra total de milho do Brasil será de 76,22 milhões de toneladas. Uma diferença de 8% com relação ao primeiro levantamento de safra publicado em outubro de 2015. As exportações, devido aos altos preços internos, estão se inviabilizando. Foram revistas para 25,40 milhões de toneladas, 9% inferiores as primeiras estimativas de safra que eram de 28 milhões de toneladas.
         O consumo interno de milho, também foi revisto para baixo. A redução de 3% deve-se principalmente aos altos preços do milho, que têm encarecido demais o preço da ração e com isso inviabilizando o consumo. A pecuária leiteira e a suinocultura são as duas atividades mais afetadas pelo encarecimento da ração.
            Mesmo como uma estimativa de importação de 1 milhão de toneladas, os estoques finais de milho estão previstos para 5,80 milhões de toneladas. E esses estoques finais é que representam um primeira trimestre de 2017 com todo o potencial para registrar preços altamente inflacionados.
ESTOQUES DE MILHO x CONSUMO MÉDIO MENSAL = PREÇOS EM ALTA!
          O consumo médio mensal de milho no Brasil é na ordem de 6,82 milhôes de toneldas. Estamos levando em consideração a média linear entre a exportação e o consumo interno. Evidentemente que tanto um como o outro, têm suas variações mês a mês, não sendo uma realidade exata a média apresentada. Acompanhe no quadro abaixo:
          Entratanto no final do ano os volumes são sim, os reais. Queremos chamar a atenção é para o fato destes estoques de passagem projetados não garantirem o consumo de um mês completo. Sendo assim em janeiro 2017 estaríamos praticamente sem milho… E a primeira safra começa a ser colhida na segunda quinzena de fevereiro, mas ganha força mesmo em Março!
         A safrinha deste ano, estimada em 49,9 milhões de toneladas frente ao consumo de 6,82 milhões de toneldas/mês, vai garantir o abastecimento de 7 meses… O que em tese seria de julho/16 a Janeiro/17.
          Agora fica mais fácil vocês compreenderam o raciocínio de que, para este segundo semestre, os preços permanecerem onde estão, com uma leve pressão de baixa na colheita. Mas a medida que os meses se passarem e os estoques forem baixando, os preços voltarão firmes e com certeza teremos um cenário muito altista para a virada do ano.
"TROCANDO EM MIÚDOS"

Milho para a Região do Cariri Paraibano com perspectiva de alta de julho para a Frente, temos que movimentar os lideres políticos e regionais, para que a CONAB baixe o valor da saca de Milho e que o Governo do estado da Paraíba volte com o Programa de ração pela EMAPSA, especialmente a vende de Soja e Torta. Caso contrario, no final de mais um ano de seca severa (que ja soma 4 anos seguidos de seca verde) em alguns municípios do Território os rebanhos serão reduzido a menos da metade do que temos hoje.
Isto afeta todos, os que criam e que compram alimentos, derivados ou não.
 (Fonte dos Dados Canal Rural)

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