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sexta-feira, 29 de março de 2013

AGRICULTORES DO CARIRI DESTACAM AÇÕES QUE GERAM RENDA E AJUDAM NA CONVIVÊNCIA COM ESTIAGEM


Durante dois dias agricultores familiares de 17 municípios do Cariri Ocidental se reuniram na Escola Agrotécnica Deputado Evaldo Gonçalves, em Sumé, com técnicos da Emater para uma avaliação final da Chamada Pública e proceder discussões sobre as ações do Plano Brasil Sem Miséria que contemplam famílias agricultoras da região, quando apresentaram atividades que permitem a convivência com a estiagem. Na ocasião foi anunciada a distribuição de 20 mil raquetes de palma forrageira entre os criadores, numa iniciativa do Governo do Estado.


Na ocasião, o presidente Geovanni Medeiros destacou o esforço da equipe de técnicos e outros parceiros que ajudam na execução das atividades da Chamada Pública e acompanhamento das 1.600 famílias na região, das quais 496 são atendidas pelo Brasil Sem Miséria, “daí todo o seu êxito”. O coordenador de Operações da Emater, Jailson Lopes, presente ao evento, destacou o trabalhou realizado na região que permitiu avanços na construção de políticas públicas de inclusão social. A coordenadora da Chamada Pública no Cariri Ocidental, Karina Queiroz, disse que todo o trabalho estava focado na organização da produção de caprino e ovino para atender ao mercado, a partir de um diagnóstico realizado.

O evento foi organizado pela coordenação das Chamadas Públicas no Cariri Ocidental e o escritório regional da Emater em Serra Branca, com o apoio do Núcleo de Comunicação e Metodologia e também o Núcleo de Extensão Social, o evento contou com uma representação de 180 agricultores familiares, representando as diferentes atividades agrícolas que recebem assessoramento da extensão rural.

Também durante o evento foi debatido o trabalho financiado pelo Plano Brasil Sem Miséria, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que permite as famílias implantar projetos de inclusão social, com destaque para a criação de caprinos e frango de capoeira, como é o caso da agricultura Lucia de Fátima Pereira Feitosa, do Sítio Serrote do Gato, em Serra Branca, que iniciou criatório de 50 pintos e já pensa ampliar o projeto. “Não quero mais deixar de criar galinhas, que tem me dado uma renda”, disse.

Muitos aproveitaram para agradecer pelo trabalho que a Emater realiza no campo, dando condições de executarem suas atividades e, com isso, criar condições para ter renda. “Com a Chamada Pública os agricultores passaram a contar com a presença mais constante dos técnicos da Emater que continuam indo ao local de trabalho, orientando na condução das ações geradoras de inclusão social”, afirmou o criador de cabras Erivaldo Ferreira (Fita), do Sítio Exu, em Prata. Ele tem um criatório de 17 caprinos leiteiros numa área de 14x60 metros e fornece leite ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Já o criador José Gouveia, do Sítio Jaramataí, em Parari, que fornece leite para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e recebe assessoramento da Emater, falou dos trabalhos de aproveitamento dos recursos da caatinga para alimentar seus animais, sempre buscando preservar o que existe na região. “Orientados pela Emater, fazemos o manejo correta da caatinga, aproveitado o que é produzido na região na produção de feno, além de produzir maniçoba para alimentar os caprinos, com redução de 30% de custos por cabra”, afirmou.

As ações que a Emater tem executado por meio das Chamadas Públicas e outros projetos e programas de atendimentos aos agricultores familiares vêm dando condições para que todos possam ter condições de consolidar ações que garantam renda e a construção de cidadania, tem evitado que ocorram saques às cidades, como se registrava em décadas passadas. É a opinião do coordenador regional da Emater em Serra Branca, Antônio Alberto, durante encerramento da avaliação da Chamada Pública do Cariri Ocidental, na terça-feira (26), na cidade de Sumé.

Para Alberto, as ações que vinham sendo empreendidas pela Emater e ainda mais a partir da Chamada Pública, iniciadas em 2010, têm contribuído para, gradativamente, mudar a paisagem da região. Acompanhando o trabalho de extensionistas, ele mesmo atuando na região durante mais de três décadas, testemunhou que a Emater está levando cidadania para os agricultores.

“A partir das Chamadas Públicas a Emater está cada vez mais perto do agricultor familiar e com isso multiplica por quatro vezes a produção familiar, o que era impossível até pouco tempo, e com isso construindo sua cidadania”, comentou.

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