Participantes
do um Seminário Código Florestal: Aspectos Jurídicos e Científicos, realizado
na Câmara Fedral, sustentaram que a “espinha dorsal” das alterações do Código
Florestal é o perdão de punições aos produtores rurais que desrespeitaram os
limites de reserva legal e de áreas de preservação permanente (APP). As APPs
são previstas pelo Código Florestal. Os casos excepcionais que possibilitam a
intervenção ou supressão de vegetação em APP são regulamentados pelo Ministério
do Meio Ambiente.).
No evento
promovido pela Frente Parlamentar Ambientalista, o coordenador da campanha de
Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, ressaltou que o principal problema do
substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao Projeto de Lei 1876/99, não
é a redução da reserva legal ou das APPs. Segundo ele, pelo menos na Amazônia
poucos produtores ainda têm o que desmatar. “O que se discute é anistia a quem
já desmatou”, sustenta.
Empréstimos
O
ex-secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente João Paulo Capobiano
sustenta que toda essa discussão “decorre de uma questão clara, o (atual)
Código Florestal está sendo cobrado onde ele mais é eficiente, no bolso”. Ele
explicou que produtores inadimplentes com as normas ambientais não conseguem
mais empréstimos agrícolas.
O diretor
do Instituto o Direito por um Planeta Verde, Gustavo Trindade, explica que o
texto de Aldo Rebelo passa a considerar atividade rural consolidada qualquer
atividade realizada em área de preservação permanente até 22 julho de 2008.
Nessa data, segundo esclarece, foi publicado o decreto com as sanções para
proprietários que deixassem de averbar reserva legal.
Com essa
alteração, segundo o especialista, ficam suspensas cobranças de multas e
sanções administrativas a proprietários rurais que desrespeitaram a lei.
Debate
O diretor do Greenpeace reclamou que, no debate sobre seu substitutivo, Aldo Rebelo ouviu 391 pessoas. Desse contingente, segundo ele, apenas 4% eram pesquisadores e 6%, representantes de ONGs. Os 90% restantes seriam produtores rurais e governo. “Espero que essa legislatura tenha mais respeito pelo meio ambiente”, disse.
O diretor do Greenpeace reclamou que, no debate sobre seu substitutivo, Aldo Rebelo ouviu 391 pessoas. Desse contingente, segundo ele, apenas 4% eram pesquisadores e 6%, representantes de ONGs. Os 90% restantes seriam produtores rurais e governo. “Espero que essa legislatura tenha mais respeito pelo meio ambiente”, disse.
O
deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) acredita que o contexto atual é favorável ao
debate mais aberto da reforma do Código Florestal. Ele lembrou que desde a
aprovação do texto na comissão especial, no ano passado, surgiram fatos novos,
como “a campanha de Marina Silva, que recebeu mais de 20 milhões votos, de 20%
eleitorado”.
Sirkis
ressaltou ainda que a então candidata à presidência Dilma Rousseff assumiu o
compromisso de vetar “os aspectos mais criminosos do texto”. “Hoje vamos
encarar a discussão em outro contexto, em outras condições, com um grau de
ideias e alternativas diferentes”.
O líder do PV,
deputado Sarney Filho (MA), também comemorou a reabertura da discussão em torno
da mudança do Código Florestal. “Saímos de uma declaração do presidente
recém-eleito da Câmara de que iria colocar o relatório em votação de qualquer
maneira e agora já admite constituir uma câmara de negociação”, sustentou.
Fonte: Agência
Câmara
Foto: Saulo
Cruz / Agência Câmara.
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