Com maior
popularidade da história Dilma discutir crise da zona do euro com líderes da EU

A avaliação do governo Dilma também
supera a das gestões dos ex-presidentes. Enquanto o governo da presidente Dilma
foi avaliado como ótimo ou bom por 51% dos entrevistados em setembro, em
setembro do primeiro ano do governo Lula, o percentual foi de 43%. No mesmo
período do primeiro ano de FHC, sua gestão recebeu aprovação de 40%.
O gerente-executivo de pesquisa da
Confederação Nacional da Indústria, Renato da Fonseca, destacou que a
presidente Dilma herdou a popularidade de Lula. Na última pesquisa de
popularidade do seu governo, em dezembro de 2010, Lula atingiu 87% de aprovação
pessoal.
A presidenta Dilma Rousseff estar em
Bruxelas participando da 5ª Cúpula UE-Brasil, onde renui-se com líderes do
bloco para discutir a grave crise enfrentada pelos países da zona do euro.
Dilma esta acompanhada de ministros -
Exterior; Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Ciência e Tecnologia; Cultura
e Comunicação -, além de uma delegação de cerca de 40 empresários e
representantes de associações comerciais, liderada pela Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
Em encontros com os presidentes do
Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão
Barroso, a presidente deve manifestar preocupações com a crise da dívida na
zona do euro.
‘A correlação entre as economias do Brasil e da
União Europeia é evidente. A UE é o principal parceiro comercial do Brasil. Se
a demanda cair na UE, o Brasil sai prejudicado. Por isso a opinião do Brasil
(sobre como a UE lida com a crise) é importante. O Brasil já não é uma economia
emergente', ressaltou um alto funcionário europeu.
O comércio entre o Brasil e a UE somou 35,4 bilhões
de euros no primeiro semestre de 2011, quando o país importou produtos por 16,9
bilhões de euros do bloco europeu, principalmente bens manufaturados, e
exportou 18,5 bilhões, principalmente matérias-primas.
A delegação brasileira também deverá questionar os
europeus sobre a ideia de excluir o país de seu Sistema Geral de Preferências
(SGP), que atualmente beneficia 12% das exportações do Brasil para a Europa com
tarifas zero ou reduzidas.
A cúpula deverá concluir com a assinatura de três
novos acordos de cooperação entre as duas partes nas áreas de transportes
aéreos, cultura e desenvolvimento.
O principal resultado prático da reunião anual deve
ser a assinatura de um acordo entre o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o
Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) brasileiro para a criação de uma nova
linha de crédito destinada a projetos de desenvolvimento regional no Brasil.
Dotado de 500 milhões de euros, o fundo deverá
beneficiar, por exemplo, programas de 'desenvolvimento de energias renováveis
como motor de crescimento para determinadas regiões brasileiras', segundo
explicou o alto funcionário europeu.
As autoridades brasileiras e europeias assinarão,
ainda, um acordo de liberalizarão do setor de transportes aéreos, concluído em
março passado com o fim de aumentar os fluxos entre os dois lados do Atlântico,
além de um acordo para intensificar os intercâmbios culturais.
A cúpula bilateral também tem como objetivo ampliar
as 20 áreas de cooperação setorial previstas em sua associação estratégica para
incluir a inovação industrial, prevenção de desastres, combate ao terrorismo e
exploração espacial.
A agenda ainda inclui discussões sobre a próxima
reunião do G-20, na França, sobre mudança climática, segurança energética, o
processo de paz entre Israel e palestinos, a reconstrução da Líbia e o estado
das negociações para um acordo de associação entre a União Europeia e o
Mercosul.
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