Equipamento pode fazer homem do campo substituir gás de cozinha por biogás gerado com esterco.
Uma Reportagem do G1 PB
23/07/2017 13h45 Atualizado há 19 horas![]() |
Pesquisadores
da UFCG apresentaram projeto que viabiliza o biogás com esterco na
PEC-Nordeste, em Fortaleza (Foto: Nilton Silva/Arquivo Pessoal)
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Um grupo
de pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) desenvolveu
um equipamento que permite purificar e pressurizar biogás para armazenamento na
zona rural. A ideia foi apresentada em um seminário realizado no Ceará este
ano. O equipamento permite que biogás de esterco seja armazenado para gerar uma
chama como a gerada pelo gás de cozinha.
O
equipamento que eles criaram e patentearam foi feito a partir de um compressor
de geladeira adaptado. De acordo com o professor Nilton Silva, a vantagem é que
o equipamento vai permitir que os pequenos agricultores consigam armazenar o
biogás gerado com baixo custo, sendo ainda uama fonte de energia renovável.
“O biogás é feito com a matéria orgânica que o
agricultor, pecuarista, produtor rural tem no campo. A matéria seria o esterco,
o resto de alimentos, o bagaço de cana, tudo que sobra de orgânico. Para a
geração do biogás Já existe um sistema de geração, que no caso é o biodigestor.
Mas a pressão de biogás que o biodigestor gera não é tão forte. Com esse
equipamento que criamos, o agricultor vai pode pressurizar o gás em um cilindro
de 20 litros e usar o biogás como um gás de cozinha”, disse Nilson Silva.
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Diagrama
mostra projeto e instalação da unidade rural de produção de bioenergia (Foto:
Divulgação/Nilton Silva)
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Para
explicar o ganho gerado com a nova tecnologia, o professor Nilson Silva usa o
exemplo do gado. “Um boi de porte médio gera cerca de 10 kg de esterco por dia.
Quem cria 50 animais vai ter uma média diária de 500 kg de esterco. No esterco
86% é água, mas o resto é material orgânico. Gerando biogás com esses 500 kg de
esterco por dia e usando o equipamento que criamos, o produtor rural vai ter
uma energia equivalente a sete botijões de gás de cozinha, por mês”, disse.
Depois de
apresentar o projeto no seminário, os pesquisadores descobriram que ainda não
existia nenhum equipamento que fizesse isso. Eles então patentearam a ideia.
Natural da cidade de Coxixola, no Cariri paraibano, o professor Nilton Silva
destaca que a ideia começou a ser pensada com o objetivo de ajudar os pequenos
produtores rurais.
“Eu tenho
uma relação de experiência e sentimento com o semiárido, por ser do Cariri.
Nossa intenção é fazer com que o homem do campo tenha acesso a esse
equipamento. Inclusive, só iremos fornecer o projeto se a empresa que for
fabricar o compressor se comprometa em oferecer um produto acessível aos
pequenos agricultores”, afirmou.
PEC-Nordeste
O tema da
feira no 21º Seminário Nordestino de Pecuária (PEC-Nordeste), realizado em
Fortaleza, no Ceará foi “A água e o semiárido: uma nova postura”, e os
servidores da UFCG foram ao evento a convite do coordenador do seminário, André
Siqueira, com o intuito de apresentar alternativas para o tratamento de
resíduos de cadeias produtivas da pecuária no semiárido.
Os
inventores atuam no Peasa da UFCG e têm como motivação o desenvolvimento de
tecnologias adaptadas para o homem do campo, principalmente, na região do
semiárido brasileiro. A tecnologia com patente depositada pela UFCG atende ao
problema de distribuição e armazenamento de biogás para biodigestores de
pequeno e médio porte, melhorando o uso do biogás como combustível.
Disponível em: http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/pesquisadores-desenvolvem-equipamento-que-substitui-gas-de-cozinha-por-biogas-de-esterco-na-pb.ghtml
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